Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, setembro a novembro de 2010
Curadoria
Há uma movimentação no mundo hoje em torno do design não propriamente do produto, mas da matéria-prima com que é feito. O Brasil reúne condições especiais nessa arena, e em ambas as frentes que a questão comporta – a natural e a artificial. A exposição abordou essas duas vertentes. A primeira sala mostrou o uso de matérias-primas da rica biodiversidade brasileira, entre elas plantas da Amazônia, couros de peixe, fibras das palmeiras buriti e buçu, sementes variadas, fibra da bananeira e mantas de borracha produzidas em micro-usinas de processamento do látex instaladas nas florestas e operadas pelos próprios seringueiros, utilizando técnicas simples e de baixo custo, por designers como Jum Nakao, Oskar Metsavaht, Flávia Amadeu e Renato Imbroisi. A segunda sala apresentou criações feitas a partir do lixo, uma prática disseminada na sociedade brasileira antes mesmo de a palavra ecologia ser difundida. Entre as experiências mostradas, objetos criados com restos de alumínio, pneus, caixas de papelão e garrafas de pet (politereftalato de etileno), por designers como Nido Campolongo, irmãos Campana, Domingos Tótora, Rona Silva e Mana Bernardes. Cenografia de Pedro Mendes da Rocha.
Fotos Clix
